sábado, 1 de maio de 2010

A cultura que se transforma em Londrina

Mesmo com cortes no orçamento, produtores culturais em Londrina se apoiam na criatividade e  em campanhas para não perder a estrutura e qualidade
Enquanto a transição da administração do Nedson Micheleti para a do prefeito Barbosa Neto se concretizava, a dúvida de qual seria o futuro da cultura em Londrina pairava sobre  os produtores culturais, artistas e  no próprio público que anseia por espetáculos.
Na gestão passada, Londrina chegou a ser reconhecida nacionalmente pela sua produção cultural. Em 2007 a cidade levou o premio “Cultura Viva” do Ministério da Cultura, pela melhor Gestão Pública Cultural dos municípios brasileiros. Na época, a administração cultural de Valdir Grandini, ex-secretário de cultura, se intensificou. Eram destinados de 3 a 4% do orçamento de Londrina para projetos culturais.
A estratégia adotada: os "Pontos de Encontro" do Filo
Com a administração do Prefeito Homero Barbosa Neto, os gastos culturais foram cortados. A cultura perdeu 45% do seu orçamento, caindo de R$ 22,2 milhões em 2009 para R$ 12,1 milhões em 2010.  A crise que assolava a economia mundial também dificultou alguns dos mais importantes eventos culturais de Londrina, como o FILO, Festival Internacional de Teatro de Londrina, FML, Festival de Música de Londrina e o Festival DemoSul. Com pouca verba, os projetos tiveram que apelar para a criatividade. Em 2009, o famoso Cabaré do FILO foi adiado e os “Pontos de Encontros” nos bares londrinense sucederam a festa. O Festival Demo Sul já não pode contar com as atrações internacionais.
Mas a incerteza dos agentes culturais era o possível engavetamento do Programa Municipal de Incentivo à Cultura, o Promic. O programa continua em vigor. Mesmo com os cortes, o Promic divulgou os projetos estratégicos e independentes para 2010.  O projeto da construção do Teatro Municipal de Londrina no Marco Zero também foi outra discussão entre interessados no futuro da cultura londrinense. Em março, o Prefeito Barbosa Neto e o Secretário da Cultura Leonardo Ramos divulgaram o empenho para a liberação dos recursos oriundos do Ministério da Cultura, no valor de R$ 6,5 milhões, para a construção da primeira fase do teatro.
Uma iniciativa recente de setores culturais da cidade foi o lançamento da campanha “Leãozinho Cultural", que objetiva que comerciantes, industriais e também pessoas físicas ajudem com recursos por meio do programa de incentivo fiscal com a doação de parte do imposto devido à Receita Federal. As doações podem ser feitas através da Lei Rouanet, que prevê a possibilidade de que empresas deixem 6% do imposto e as pessoas físicas 4% para projetos culturais.

Maiara Zaminelli

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