domingo, 6 de junho de 2010

Consumo das classes C, D e E crescerá 8% ao ano até 2012

O consumo da nova classe média brasileira, deverá crescer entre 7% e 8% ao ano, quase o dobro da taxa esperada para as classes A e B. É o que mostra o estudo ''Consumo das Famílias Brasileiras até 2020'' realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio).

O estudo aponta que o crescimento do consumo das classes C, D e E, famílias com renda mensal de até dez salários mínimos (R$ 5.100),  deve ficar entre 7% e 8% ao ano no período de 2010 a 2013, enquanto as famílias com renda superior a dez salários mínimos (Classes A e  B), o ritmo do crescimento do consumo deve ficar em torno de 4% ao ano até 2013.

"Há fatores que fizeram com que essas famílias pudessem consumir mais. Nos últimos anos, uma série de fatores, como o lançamento do Plano Real, favoreceram esse cenário. Além disso, mais recentemente, tivemos o aumento de emprego e o aumento do crédito. Tudo isso traz uma sensação de boa vida financeira e faz com que as pessoas gastem mais", afirma o economista da Fecomercio, Fábio Pina.

Em entrevista ao Folha.com, Pina ressalta que  o  consumo nas regiões Norte e Nordeste deve crescer mais proporcionalmente do que nas regiões Sul e Sudeste, e que os padrões devem mudar nos próximos anos, tanto por região como por itens de consumo. "A dinâmica do consumo na classe média tem passado por mudanças nos últimos anos e deve se sofisticar cada vez mais.  Mas haverá uma mudança significativa no que se consome", avalia o economista. "O consumo de arroz e feijão não vai mudar. Mas itens como habitação devem ter ganho de espaço entre as famílias, especialmente as de menor renda, que têm mais acesso a crédito e podem se beneficiar de empreendimentos mais econômicos", complementa.

Para a Fecomercio, mantido o ritmo de expansão de consumo das famílias, a questão que deve ser debatida é como se pretende sustentar esse crescimento. O estudo projeta que o consumo das famílias pode atingir R$ 2,42 trilhões até 2013 e R$ 3,29 trilhões em 2020.
- Fernando Silva

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