quinta-feira, 6 de maio de 2010

Quanto vale a agricultura familiar?

Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e encomendada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) questiona o Censo Agropecuário 2006, reanimando as discussões sobre a contribuição da produção familiar à geração de riqueza e ao abastecimento de alimentos no país. A pesquisa serve como argumento para os ataques ruralistas aos dados do IBGE.

Divulgado em 2009, o Censo do IBGE constatou a existência de 4,36 milhões de agricultores familiares, donos de 84% dos estabelecimentos e de 38% do valor bruto de produção agropecuária (VBP). A CNA contesta esses valores. O Pronaf excluiria 1,6 milhão de famílias, segundo a FGV, ou 30% do total de famílias agricultoras. Elas produziriam 76% do VBP, e não os 62% indicados pelo IBGE.

O debate redimensiona o papel da agricultura familiar na produção nacional. Além disso, os dados têm influência direta na formulação de políticas públicas para a redução da pobreza e na concessão de benefícios específicos a cada segmento. Segundo a presidente da CNA, a senadora Kátia Abreu "O IBGE quer dividir o país de maneira política e ideológica ao fixar o tamanho de propriedade, e não a renda gerada, como critério principal para traduzir o setor rural" (Valor Econômico). Do que a senadora se esquece é que o sistema econômico é a base para o conflito entre as diferentes ideologias e as diferenças destas em questão são abissais.

Agricultura - Dulce Mazer

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