sexta-feira, 30 de abril de 2010

Uma novela chamada ILS: Capítulos finais ou extensão da trama?

Untitled-2 Quando se fala de turismo normalmente pensamos no local, nas paisagens, hotéis e esquecemos de um ‘detalhe’: como chegar lá. Por exemplo, para muitos turistas Machu Picchu é um lugar atraente, porém, embarcar no ‘trem da morte’ é um impedimento para a realização da viagem.


No caso de Londrina os riscos não são comparáveis aos de uma estradinha sinuosa e cheia de neblina na Cordilheira dos Andes, contudo, também há dificuldades para se chegar aqui. Talvez a principal seja o nosso aeroporto.

Construído no final dos anos 30, as operações começaram somente após o fim da Segunda Guerra Mundial. Já a época ‘dourada’ foi entre as décadas de 1950 e 1960, período em que chegou a ser o terceiro mais movimentado do país, ficando atrás apenas de Congonhas, em São Paulo e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Porém, com o declínio do ciclo cafeeiro o movimento no aeroporto também diminuiu.

Desde a construção, o aeroporto passou por poucas reformas, a mais recente em 2000, com a ampliação no terminal de passageiros. Mas, o que vem sendo solicitado por passageiros e diversas entidades como ACIL e SRP, já há alguns anos, é a instalação do ILS. A sigla é referente ao aparelho Instrument Landing System, que permite o pouso e decolagem das aeronaves com segurança em condições de baixa visibilidade, por exemplo, neblina.

A instalação do aparelho requer a ampliação da pista. Para isso, é necessário aquisição de uma área próxima ao Aeroporto. O terreno da antiga indústria Carambeí atualmente pertence ao apresentador Ratinho, que segundo notícias divulgadas na época da aquisição da área, teria a intenção de doar a área à Prefeitura.

Nos capítulos mais recentes desta novela a instalação já estava acertada e seria realizada ainda na gestão interina de José Roque Neto. O Prefeito Barbosa Neto assumiu com o mesmo discurso, porém, até agora, não houve nada além de novas conversas.

Na cidade esta é uma reclamação frequente, e há inclusive uma campanha para a instalação do ILS. A situação fica ainda mais grave porque o turismo em Londrina é, principalmente, com viés de negócios. Ou seja, além de todos os inconvenientes que atrasos e cancelamentos de vôos ocasionam, ainda há o risco de perda de investimentos. O que resta ao londrinense é acompanhar atentamente os próximos capítulos desta novela e torcer para um final feliz.

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