terça-feira, 13 de julho de 2010

Os sete mitos do jornalismo on-line



Segundo dados coletados por meio de enquete no site da Escola de Comunicação, foram listados os sete principais mitos relacionados ao jornalismo on-line. Todos eles são rebatidos e analisados conforme seus exemplos.


O primeiro mito diz que o jornalista é ameaçado pelo jornalismo colaborativo. A afirmação não se sustenta em nenhum dos meios, e assim também se manifesta nas mídias digitais. O jornalismo colaborativo é visto sempre como um adendo, uma ajuda, já que o jornalista não pode cobrir todos os fatos que acontecem em uma região.
O segundo mito afirma que no jornalismo on-line há mais independência que em outros meios de comunicação. De acordo com a análise de conteúdo publicado em blogs de jornalistas que trabalham para grandes empresas de comunicação, percebe-se que não há liberdade total para citar fatos que tenham sido cobertos pela tal empresa. No jornalismo on-line também segue-se uma hierarquia e o jornalista não tem independência total.
O terceiro mito encontrado foi o de que não há espaço para grandes reportagens na internet. Em geral, o texto de jornalismo on-line é mais curto e objetivo, mas isto não impede que sejam feitas grandes reportagens que explorem vários ângulos do fato e tragam informações em outros recursos, como vídeo, áudio, foto, etc. Os sites em que são mais encontradas matérias aprofundadas são relativos a revistas, como a Scientific American.
Os quarto e quinto mitos dizem respeito a uma confusão que se faz, graças a potencialidade do imediatismo da internet. O quarto mito diz que quanto mais rápido a matéria sair, melhor, e o quinto, que os erros são perdoáveis devido à pressa. O fato de a internet permitir que se atualizem informações em tempo real, não significa que essas informações não devem ser checadas e confirmadas antes de serem publicadas, como em qualquer outro meio, e a falta de confirmação não pode ser justificativa para a postagem de informações equivocadas.
O sexto mito tem mais a ver com o formato do que com o conteúdo da notícia, ele afirma que a barra de rolagem inibe a leitura. A barra de rolagem efetua uma hierarquização do conteúdo, assim como no jornal impresso o posicionamento das matérias, porém atualmente, com a familiarização da leitura de blogs, uma barra de rolagem não deve impedir que o leitor confira o conteúdo de uma página apenas por este fator.
O sétimo e último mito diz que é preciso muitas imagens para atrair o leitor. Em geral, os meios que permitem a visualização trazem consigo a ideia de que imagens chamam mais a atenção do que o texto. Segundo pesquisa do Instituto Nielsen, na internet ocorre o oposto ao que ocorre com o meio impresso, o texto chama atenção antes da imagem. Além disso, na internet existem outros recursos que também devem ser explorados tanto quanto a imagem.

Maria Clara Martins 

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