domingo, 20 de junho de 2010

Waka waka
Roberto Camargo


Em tempos de Copa do Mundo na África, uma paradinha pra pensar no apartheid. Consideradas as diferenças à mesa dos sul-africanos, ainda há muito a ser superado nessa história marcada por desigualdade e segregação.

Vinhos fabricados por lá frequentam as cartas dos melhores restaurantes, em qualquer lugar do mundo. Milagre pós apartheid? Não! Apenas resultado do fim de um boicote comercial que marcava uma posição política, até Mandela se tornar o primeiro presidente negro da nação, e liderar um governo de transição.

Os vinhos sempre acompanharam um cardápio bem britânico: peixe ou um suculento steak, acompanhados, é claro, de uma porção de batatas fritas. Nada parecido com os pratos exóticos preparados com larvas extraídas de troncos de árvores, tripas de boi cozidas ou rabo de crocodilo.

É verdade que hoje os nativos já aderiram às batatas, assim como as carnes exóticas também frequentam a mesa dos descendentes de colonizadores. Milagre da globalização, talvez! Mas, como disse Renata Santos neste blog, é uma pena que nem todos os zulus, os xosas e os africâners possam ir ao estádio.

1 Comentário:

Jornal Noturno disse...

waka waka, postagem com aroma de crocodilo e vinho! Delícia!
bração, berto.
Dulce

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