sábado, 29 de maio de 2010

Como surgiu a iluminação pública



Imagine andar pelas ruas da cidade sem nenhuma luz para clarear o caminho? É o que acontece quando ocorrem, por exemplo, os blackouts, que deixam a população completamente desorientada, como se estivesse beirando o Apocalipse. É por esse e outros motivos que é difícil imaginar a vida sem iluminação pública, serviço que tem o objetivo de prover luz ou claridade artificial aos logradouros públicos no período noturno ou nos escurecimentos diurnos ocasionais.
Embora na Mesopotâmia já tivessem sido criados alguns tipos de lâmpadas, a provável origem da   iluminação pública data de 1415, na Inglaterra, a pedido dos comerciantes, como uma maneira de diminuir o número de crimes. Durante muito tempo, ela foi mantida por meio de lâmpadas a gás, que passaram a ser utilizadas em larga escala durante o século XIX e início do século XX, até serem substituídas pelas lâmpadas elétricas.
No Brasil, ela foi implantada no século XVIII, quando foram instaladas cerca de 100 luminárias a óleo de azeite pelos postes da cidade do Rio de Janeiro, em 1794. Em 1887, começa a operar a usina térmica da Companhia Fiat Lux, em Porto Alegre, dando origem ao primeiro serviço municipal de iluminação elétrica.
Logo, essa evolução passou a ganhar outras cidades. O Rio de Janeiro, por exemplo, apresentava uma evolução de dez mil pontos por década na primeira metade do século XX. Este acréscimo foi intensificado a partir dos anos de 1960 quando se iniciou a utilização em larga escala das lâmpadas de descarga.
Em Londrina, de acordo com o livro Fincando estacas!: a história de Londrina (década de 30) em textos e imagens, de Paulo César Boni, em 1936, na gestão de Mesquita Filho e Rolando Davids, foi inaugurada a Empresa Elétrica de Londrina Sociedade Anônima (EELSA). Três anos antes, em 1933, havia sido instalado pela Companhia de Terras do Norte do Paraná, no local onde hoje fica o Parque Arthur Thomas, um gerador movido a óleo cru que, num primeiro momento, foi suficiente apenas para as necessidades do escritório da Cia. De Terras e de algumas poucas casas, notadamente as de seus diretores e principais funcionários.
 Assim, a iluminação pública foi estabelecer-se definitivamente em 1938, com a utilização de motores a vapor para a geração de energia que ficavam na serraria SIAM, onde hoje funciona o escritório e garagem da viação Garcia, na avenida Celso Garcia Cid. A Prefeitura instalou alguns postes de madeira, em linha reta, com distância de aproximadamente trinta metros entre um e outro, na atual avenida Paraná (calçadão), entre as ruas Minas Gerais e São Paulo.
Em fevereiro de 1970, a Copel – Companhia Paranaense de Energia Elétrica comprou a Empresa Elétrica de Londrina e passou a administrá-la a partir de primeiro de junho do mesmo ano, sendo até hoje a responsável pelo fornecimento de energia elétrica.
Segundo a Assessoria de Imprensa da Copel, existem 56 mil pontos de iluminação pública, cuja manutenção cabe a empresa. Ela informou ainda que as lâmpadas de mercúrio (luz branca) estão sendo gradativamente substituídas pelas de vapor de sódio (luz amarela), que tem, como uma das vantagens, a capacidade de consumir 40% menos energia para o mesmo nível de iluminação.
Com relação aos reparos, só no município de Londrina, a Copel realiza de 100 a 300 serviços de manutenção da iluminação pública diariamente, dependendo das condições climáticas, pois em períodos chuvosos o número tende a aumentar sensivelmente.
Os reparos por atos de vandalismo representam um custo de R$ 20 mil mensais para a concessionária, apenas em Londrina.

Adam Esteves

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