Salve, Mandiba!

Vinte anos após a liberação de Nelson Mandela e dezesseis após o fim da apartheid, com a eleição democrática do líder negro à presidência da República, a África do Sul estampa um cenário racialmente dividido.

            No último domingo, dois funcionários negros foram formalmente acusados de matar o patrão, o líder racista branco Eugène Terre’Blanche, devido a atrasos salariais.

            Os acusados têm 28 e 15 anos, foram ouvidos, mas não assumiram o crime. Apesar da motivação do suposto homicídio não ser racial, a África do Sul está dividida a apenas dois meses da Copa do Mundo. 

            Não que o apartheid tenha sido retomado, entretanto, em uma país com uma fortemente racista, toda manifestação agressiva toma ares de retrocesso.

*** Mandiba é a forma carinhosa como Nelson Mandela era chamado em sua tribo.

Renata Santos